quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Lições de Postura

Lições de Postura

 

Todo estudante que carrega mochila com muito material escolar e toda mulher com bolsa pesada a tiracolo já sentiu ou vai sentir dor nas costas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das pessoas têm ou terão esse problema ao longo da vida.
Para falar sobre o peso que suportamos diariamente, qual é o limite e o que fazer para prevenir ou aliviar esse desconforto, o Bem Estar desta sexta-feira (18) convidou o ortopedista Alexandre Fogaça, do Hospital das Clínicas, e o preparador físico José Rubens D’Elia, que também é consultor do programa e deu dicas de exercícios especialmente contra a dor na coluna (veja o vídeo no fim da página).
Arte dor nas costas Bem Estar (Foto: Arte/G1)

Nas ruas, o apresentador Fernando Rocha foi conferir quanto de peso as pessoas carregam, principalmente as mulheres, em mochilas, bolsas, pastas, malas e sacolas. Roupas, carteira, guarda-chuva, livro, perfume, maquiagem e até sapatos – tudo foi pesado em uma balança. E algumas não trocam a bolsa de lado: levam-na forçando sempre o mesmo ombro, podendo ficar tortas.
Segundo o ortopedista Olavo Letaif, se um indivíduo acha ou sente que está suportando uma carga acima do limite, já é um indício de que pode desenvolver uma dor nas costas. A regra é simples: um ser humano deve carregar até 10% do seu peso. Por exemplo, quem pesa 70 quilos pode ter até 7 quilos na bolsa.
E o ideal é distribuir melhor esse peso, com mochila de duas alças bem ajustadas ou um carrinho - mas muitos alegam que bolsas com rodinhas dificultariam a mobilidade nas ruas, calçadas e degraus. Mochilas usadas na região da coluna lombar (na altura do abdômen) podem causar um dano maior, segundo Letaif.

No estúdio, Alexandre Fogaça disse que os principais sinais de alerta da dor nas costas são: a que dura mais de três meses; ocorrida após um trauma; a que atrapalha o sono; a seguida de febre, perda de peso ou alteração da força e da sensibilidade nos braços e pernas; e a que acomete crianças ou idosos. Mas, de todas as dores, cerca 10% são graves. A maioria é benigna e passa em 2 ou 3 meses.
Os principais fatores para desconforto na coluna são: predisposição genética, má postura, falta de atividade física, excesso de peso, trabalho com trepidação (como motoristas de ônibus) e problemas psicológicos como estresse e mau relacionamento na empresa ou em casa.
Com o tempo, as dores podem se transformar em: desgaste da coluna, quebra de vértebras, escoliose (desvio para o lado) ou cifose (desvio para frente). Para dormir, de acordo com Fogaça, o colchão não deve ser muito duro nem muito mole. E o melhor jeito de deitar é de lado ou de barriga para cima.

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Excesso de peso na mochila escolar pode gerar problemas na coluna

  

Carga máxima não deve ultrapassar 10% do peso da criança ou adolescente
Até 10% do peso corporal. Este, segundo avalia Polyane Gonçalves, fisioterapeuta do Hospital do Gama, deve ser a carga máxima de uma mochila escolar. Com o começo do período de aulas, os pais devem ficar atentos ao peso excessivo que crianças e adolescentes carregam diariamente. A situação pode gerar problemas sérios na coluna. Segundo ela, é fundamental que a mochila seja organizada de forma que o estudante utilize apenas o material de estudo do dia para evitar problemas de postura.
“O peso a ser carregado não teve ultrapassar a 10% do peso corporal da criança e o ideal é utilizar as mochilas com rodinhas. No caso dos adolescentes a situação se complica devido ao quantitativo de material didático, sendo necessário adquirir o hábito de apenas carregar os livros e cadernos  que serão utilizados em sala de aula no dia. A fisioterapeuta explica ainda que os adolescentes tendem a utilizar a mochila de forma inadequada como carregar o material  apenas de um lado do corpo. “Esse mau hábito também pode acarretar alterações posturais severas de desvios na coluna como escoliose, a cifose e a hiperlordose”.
A servidora pública Márcia Martins relata que a filha Mariana foi diagnosticada com escoliose aos 11 anos de idade. Após um ano de tratamento utilizando o colete postural e com acompanhamento na fisiatria do Hospital de Base, ela já está com quase 80% do problema corrigido. “A minha filha se queixava de constantes dores na região do abdômen, fazia exames e não havia alterações. Com o diagnóstico e o tratamento adequado as dores acabaram e acredito que a escoliose foi ocasionada pela má postura e o peso da mochila escolar. Hoje estou atenta para evitar esse problema”.
Segundo o ortopedista e traumatologista do HRG, Célio José da Silva, é importante que os pais na fase de crescimento dos filhos principalmente a partir dos nove anos, observem e os orientem sobre a importância de ter bons hábitos posturais. “Reclamações de dores nas costas não devem ser ignoradas, o diagnóstico precoce evita sérios problemas de coluna no futuro”.  Célio alerta que além do peso da mochila, as crianças e os adolescentes devem evitar permanecerem longos períodos em frente ao computador, essa é outra situação preocupante, uma vez que a coluna fica sobrecarregada, o ideal seria que a permanência em frente ao equipamento seja de no máximo até duas horas e que mantenha nesse tempo, a coluna sempre reta ao encosto da cadeira e as pernas  apoiadas ao chão formando um ângulo de 90 graus”, explicou o ortopedista.
Saiba qual a mochila adequada para evitar o problema:
- A mochila com rodinha é a ideal para estudantes que carregam muito peso;
- A mochila de tiras deve ser leve não ultrapassando mais de 500g;
- Os modelos de duas tiras são ideais para melhor distribuição do peso e as tiras devem ser largas uma vez que a tiras estreitas podem causar compressão nos ombros ocasionando dores na região;
- Os forros dos materiais devem ser acolchoados para evitar acidentes com objetos pontiagudos;
Orientações para o pais quanto aos hábitos posturais dos filhos:
Verifique se os filhos estão levando apenas o material necessário para a aula;
Veja se a escola disponibiliza armários individuais, isso possibilita que a criança ou o adolescente  evite se locomover com o excesso de peso;
Atividades físicas e recreativas na fase de crescimentos ajudam no fortalecimento da musculatura e  no bom desenvolvimento corporal;
Em meninas o uso de salto alto não é recomendado não devendo ultrapassar saltos acima de 1,5cm;
Crianças e adolescentes devem sempre manter a postura correta, durante as aulas a coluna deve ficar reta ao encosto da cadeira e as pernas devem ficar apoiadas ao chão fazendo um ângulo de 90 graus;
Eliane Simeão
Fonte: http://www.saude.df.gov.br/noticias/item/4640-excesso-de-peso-na-mochila-escolar-pode-gerar-problemas-na-coluna.html
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Mais um artigo... só para reforçar

Volta às aulas: 

Dicas para evitar problemas de coluna e traumas à saúde dos seus filhos

Após o período de férias escolares, a rotina de crianças e adolescentes começa a voltar ao normal. Os diversos itens utilizados em sala de aula - como cadernos volumosos, livros de diversas matérias e canetas de todos os tipos - retornam às mochilas e com ele um antigo (e conhecido) problema volta a alertar os pais e, principalmente, a saúde de seus filhos: o peso da mochila.
Há dados estatísticos que demonstram que, na Europa, três a cada quatro crianças em idade escolar possuem problemas de coluna, enquanto que, nos Estados Unidos, cerca de 23% das crianças e jovens que dão entrada em pronto-atendimentos de hospitais queixam-se de problemas na coluna causados pelo uso inadequado das mochilas. No Brasil, é cada vez maior o número de estudantes que apresentam problemas relacionados à coluna, sendo que este percentual se eleva na época da volta às aulas. Já para a Academia Americana de Pediatria as mochilas são as grandes vilãs em 60% dos casos de meninos e meninas com problemas nas costas e nos ombros.
Para a fisioterapeuta Jacqueline Bertagna do Nascimento, coordenadora do Serviço deFisioterapia e Reabilitação Postural do Instituto Paulistano de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna Vertebral, é importante entender a coluna como a viga mestra de uma delicada edificação - neste caso o corpo humano -, sustentando e promovendo o equilíbrio das vértebras, dos discos intervertebrais (os quais funcionam como amortecedores deste sistema), além de músculos e ligamentos.
"Todas estas estruturas podem ser diretamente afetadas pelo excesso de força exercida pelo peso exagerado das mochilas, que acaba empurrando o corpo para trás e, para compensar, automaticamente, os estudantes projetam os ombros para frente, comprometendo a coluna, o quadril (bacia) e mesmo os ombros", explica.
Como as crianças estão em fase de crescimento é imprescindível os cuidados com suacoluna vertebral. "Se o peso da mochila não for compatível com o peso da criança os problemas de postura, como escoliose e a hipercifose, podem trazer sérios danos funcionais e estéticos para o resto da vida", afirma Jacqueline.
Estudos demonstram que o peso da mochila não deve ser maior que 10 a 15% do peso da criança. "Se pais, professores e principalmente alunos forem conscientizados quanto ao uso correto das mochilas e quanto à manutenção de posturas ideais enquanto permanecem estudando nas salas de aulas, menores serão as chances de ocorrerem as alterações na coluna e mesmo as dores recorrentes.
A fisioterapeuta cita algumas dicas para os estudantes evitarem os problemas de coluna, seja carregando suas mochilas ou, então, na própria sala de aula:
  • Mochila com alças: suas alças devem ser acolchoadas, com sua largura sem exceder o tamanho do dorso da criança e com altura sobre a região da cintura. Deverá estar ajustada ao tronco e carregada sobre os dois ombros. Jamais carregá-las em um só ombro pela sobrecarga em um lado do corpo. O modelo ideal é o específico para caminhadas (trilhas), pois tem uma tira que deve ser presa ao abdome, distribuindo melhor a carga;
  • Mochilas de rodinhas: a altura correta da alça deve ser o suficiente para que a criança não tenha que se inclinar para puxá-la - o puxador deve ser ajustável a sua altura. Suas costas devem estar retas ao puxar a mochila, pois os movimentos de rotação quando muito intensos e regulares não são bem tolerados, causando dor; e
  • Na escola: o ideal seria conseguir regular a altura da cadeira para que os pés estejam apoiados e o quadril em contato com o assento. As costas devem permanecer retas e apoiadas no encosto. Braços, ombros e pescoços devem ser mantidos relaxados. O ideal é não permanecer por períodos superiores a duas horas sentado, por exemplo, à frente do computador. É importante a pausa para se movimentar, alterando a postura momentaneamente.

Um comentário:

  1. Nossa Mara que horror , eu acho que todo aluno ou podia ter armário na escola ou um tablet.você nâo acha?

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