As estantes móveis
Tablets e smartphones começam a ganhar destaque e cada vez mais adeptos como suportes para leitura
Texto Rafael Bravo Bucco | Fotos Robson Regato
ARede nº 92- Julho/Agosto de 2013
“Um fluxo constante de informação, que muda o tempo
todo, recebe opiniões, é comentado conforme vai sendo atualizado, e
reúne milhares de pessoas em torno de um mesmo assunto, para debater e
trocar conhecimento, em rede, como serviço”. Essa definição, de autoria
de Sílvio Meira, professor de engenharia de software da Universidade
Federal de Pernambuco, poderia se referir a um fenômeno contemporâneo,
como uma rede social, ou a um ambiente inovador, como uma plataforma
científica virtual. Mas é a descrição de um objeto milenar, que
simplesmente passa por transformações que garantem sua sobrevivência na
era tecnológica: o livro. A substituição de textos e imagens estáticas
por arquivos digitais de áudio, vídeo e aplicativos deve ser apenas uma
fração daquilo que pode vir a ser o livro do futuro, disse Meira,
durante o 4º Congresso Internacional do Livro Digital, realizado em
junho pela Câmara Brasileira do Livro.
Para fundamentar sua tese, o professor apresentou o Silent History.
Um livro digital, em formato de aplicativo para iPad e iPhone, cujos
capítulos são liberados de acordo com a localização do leitor – ou
usuário? O programa utiliza o georreferenciamento do GPS dos aparelhos
para entregar um texto apenas quando o leitor chegue a três metros de
distância do local onde a trama se passa. A narrativa traz a história de
crianças que não falam, mas têm habilidades fantásticas. São 120
depoimentos, feitos por pais, professores, amigos, médicos, e centenas
de textos “espalhados” pelo mundo. Há trechos para serem “lidos” dos
Estados Unidos a Xangai.
“O livro não vai residir em um lugar, estará em todo lugar. Será
assim pois o conteúdo dependerá apenas da plataforma”, disse Meira,
convidado a imaginar o livro em 2020. Outra mudança fundamental, avalia,
será conceitual. Ao integrar as plataformas digitais, o livro deixará
de ser um objeto de consumo, uma fonte de informação de mão única. Vai
se tornar um núcleo para a construção interativa do conhecimento. Deverá
incorporar recursos hoje comuns no Facebook: a possibilidade de
comentar trechos, compartilhar frases sublinhadas, acrescentar imagens,
vídeos, criar tramas paralelas, mesmo sem ser o autor do original. “Para
o bem de todos, o livro não será apenas sobre leitura, será também
sobre escrita”, prevê.
Nada disso, no entanto, deve levar ao fim do livro de papel,
acreditam os estudiosos do assunto. O livro em papel vai se tornar
artigo de nicho, para aficionados pela experiência linear e sensorial
que o objeto físico proporciona. “Terá o mesmo destino do disco de
vinil”, ressalta o professor Meira, que é também cientista-chefe do
Centro de Estudos de Sistemas Avançados do Recife (Cesar).
Mesmo os livros didáticos vão ser completamente transformados. Um
exemplo que vem conquistando público é o Codecademy, um ambiente virtual
de ensino e aprendizagem de programação. O leitor, estudante, começa a
aprender assim que entra no site. De cara, é convidado a usar códigos
para escrever na tela o próprio nome. Quando se dá conta, aprendeu um
pouco da linguagem dos computadores. Conforme navega pelos “capítulos”,
pode compartilhar a evolução, observar exercícios resolvidos por outros
usuários e debater soluções para problemas propostos. “O que era um
livro, virou um aprendizado interativo e social”, observa Meira.
No Brasil, a Positivo Informática acaba de lançar o Caderno Digital,
um sistema interativo que interliga o computador do professor (servidor
de uma rede Wi-Fi) com tablets ou notebooks dos alunos. Com conteúdos
para estudantes do ensino fundamental e do ensino médio, o Caderno
permite ao educador criar e agendar atividades, às quais pode vincular
diferentes mídias. Os alunos elaboram textos, resolvem exercícios,
interagem em grupos e com o próprio professor, que também conta com o
apoio de uma matriz de avaliação automática.
Retrato do momento
A
pesquisa mais recente sobre o a leitura de livros digitais no Brasil
traz dados de 2011. A 3ª edição do estudo Retratos da Leitura no Brasil,
feito pelo Instituto Pró-Livro e divulgado na Bienal do Livro de São
Paulo em 2012, mostra que há dois anos o mercado de livros digitais era
pequeno no país. Os e-books representavam apenas 5% do mercado editorial
(o que inclui os didáticos comprados para escolas públicas),
equivalendo a 9,5 milhões de livros vendidos. Os maiores consumidores
têm ensino superior e médio, com idade entre 18 e 39 anos. As mulheres
leem mais livros digitais (bem como os de papel): 4,9 milhões compraram
e-books naquele ano, contra 4,6 milhões de homens.
A pesquisa surpreende quando analisa o perfil econômico do leitor de
livros digitais. De posse de tablets e celulares sofisticados, as
classes A e B são as principais consumidoras, mas não por larga margem.
Leram 53% dos e-books, enquanto a classe C, sozinha, consumiu 42%; e as
classes D e E, 5%. A maioria dos livros, porém, foi obtida
gratuitamente. Nada menos que 87% dos respondentes afirmaram ter baixado
o livro da internet, e, desse total, 62% asseguraram que não recorreram
à pirataria. Os demais, 38% admitem ter feito download ilegal.
Os números fazem editores tremerem. Mas não precisam. Basta que
acreditem na migração para o digital. Quem alerta é Javier Celaya,
diretor da Associação Espanhola de Economia Digital. “O mercado
brasileiro vai se transformar rapidamente nos próximos cinco a sete
anos. O brasileiro vai ler em telas antes do que se pensa, e se não
houver oferta de e-books o quanto antes, a baixo custo, a pirataria vai
predominar. O preço aqui, hoje, está muito alto”, avisou, durante o
congresso da CBL. A observação vem baseada na experiência de seu país.
Na Espanha, os livros digitais são lidos por 58% das pessoas, segundo
pesquisa feita pela associação local dos editores, e 68% dos livros são
baixados gratuitamente.
Celaya
lembrou que a leitura de livros digitais se dá não apenas em leitores
digitais, os e-readers como Kindle e Kobo, mas também nos tablets e
smartphones. Segundo ele, no Brasil há mais de 70 milhões de smartphones
capazes de exibir, com qualidade, os livros digitais. Os editores
precisam refletir sobre como levar os livros para essa população. “Houve
um aumento de 400% nas buscas feitas pelo celular no último ano”,
afirmou. Por isso, defende que editoras criem sites amigáveis aos
dispositivos móveis. Ele também afirma que qualquer editora que queira
sobreviver na era digital deverá oferecer recursos de autopublicação, um
mercado que somente no Reino Unido representa 20% das vendas.
Outro estudo, o Painel de Livros, realizado pela consultoria GFK,
aponta que o tablet deve se tornar a ferramenta principal de consumo de
livros. Segundo a pesquisa, em outubro de 2012, 52% dos brasileiros
tinham smartphone, 24%, tablet, e 61%, notebook. No entanto, a venda dos
tablets cresceu 1.245% de abril de 2011 a outubro de 2012, e 35% dos
entrevistados disseram que vão comprar um tablet nos próximos seis
meses. A consultoria IDC afirma que a venda de tablets no mundo vai
ultrapassar a de PCs já em 2015.
Formatos da criação
Os
autores também já se preocupam com o impacto do e-book na criação. Tony
Brandão, autor multimídia, trabalha com diferentes formatos há quase
duas décadas. Nos anos 1990, lançou livros em formado CD-Rom, que podiam
ser explorados pelos leitores. No começo dos anos 2000, criou um livro
virtual, publicado no portal Terra, em que o leitor deveria decifrar
crimes ocorridos em São Paulo. “O sucesso foi grande, os personagens
[atores cujas fotos ilustravam o texto] eram reconhecidos na rua”,
disse, em apresentação sobre como livros e jogos eletrônicos poderiam se
unir.
Para ele, a resposta é evidente: “Acho que não se deve perguntar:
livro ou game. Se deve pensar em um livro e game”. O Crimes no Parque
está online até hoje. O leitor pode ler os capítulos, reunir pistas,
acompanhar tramas paralelas. “É de 2003, quando a maioria das pessoas
usava conexão discada”, lembra. Também há imagens que podem ser
exploradas ao melhor estilo Google Streetview, mas feitas antes de esse
serviço ser criado. Tudo para atrair a atenção de leitores adolescentes:
“É preciso se apropriar das novas tecnologias e produzir obras
interativas”, ressalta.
A autora Angela-Lago vê com ressalvas a adoção dos livros digitais.
Para ela, as plataformas criadas atualmente desprezam a arte. “É tudo
com muitas opções, o leitor pode escolher dezenas de letras, ir para lá,
para cá. Onde está a simplicidade, a valorização do trabalho do
diagramador, do designer?”, questionou. Para ela, a interatividade deve
ser pensada de modo a não sobressair em relação ao conteúdo. “Descobri
que eu mesma posso programar. Aprendi a usar o Flash, que os designers
detestam. Aprendi que dá pra converter o que fiz em Flash para HTML5. Aí
ficou ótimo. Eu crio de um jeito e converto”, comentou, exibindo o
material para alfabetização que criou, disponível em seu site. Ao passar
o mouse em uma letra, a imagem ganha contornos divertidos e ouve-se o
som da vogal ou consoante. Passando o mouse sobre diversas letras em
sequência, tem-se a percepção de formação das palavras. “Desse jeito, a
criança já está lendo”, diz.
Mila Gonçalves, gerente de educação e aprendizagem da Fundação
Telefônica, observa que apesar de pesquisas apontarem uma redução de 5%
no índice de leitura do brasileiro (é o que diz o estudo Retratos da
Leitura do Instituto Pró-Livro), há um equívoco de interpretação. “Há um
multiletramento. As pessoas estão lendo mais, mas em outras
plataformas”, defendeu. Entre as plataformas, está o computador, o
tablet e o celular. Ela também acredita que o livro está se
transformando rapidamente. “A Telefônica criou a Nuvem de Livros, que é
uma biblioteca tradicional de livros digitais. Mas já existem
ferramentas de leitura colaborativa, como o Read Cloud”, exemplificou.
Na ReadCloud, ferramenta criada por uma empresa da Austrália,
leitores criam redes em torno dos livros digitais que estão lendo.
Autointitulada de plataforma de social eReading, permite que alunos
comentem e compartilhem o que estão estudando. Os usuários conseguem não
apenas enviar texto, como publicar fotos e vídeos relacionados ao
conteúdo. Pode ser usada em tablets e computadores, mas é uma solução
privada.
Para a Câmara Brasileira do Livro, o digital é mais um instrumento
para ampliar o número de pessoas com acesso à leitura. “O mercado
brasileiro é composto por 97 milhões de leitores. É um número grande,
porém, é metade da população. Há outro tanto igual de pessoas que não
têm acesso nem ao livro físico, nem a bibliotecas”, lembra Karine Pansa,
presidente da CBL.
Para aumentar o número de pessoas que leem, é importante atingir
aqueles que têm deficiência e comunidades carentes. O livro digital pode
ajudar, pela compatibilidade com diversos formatos ou por facilitar o
acesso a um vasto acervo. “As pessoas com deficiência visual hoje podem
recorrer a instituições que criam versões de livros em formato Daisy. No
caso das comunidades carentes, ou das pessoas que talvez não tenham
condição de ter o aparelho físico, há a possibilidade de recorrer às
bibliotecas públicas equipadas com computadores e internet”, opina
Karine.
Uma biblioteca digital também ajudaria, mas é o que falta ser feito
por aqui. Para Silvio Meira, o Brasil está perdendo o bonde. “A gente
devia estar em um momento de criação da Digital Public Library of
Brazil, uma grande Biblioteca Pública Digital do Brasil, inspirada na
DPLA, dos Estados Unidos, até porque o software da DPLA está sendo
publicado e é aberto. Em qualquer lugar onde você tiver um computador e
internet, você tem a Biblioteca Nacional todinha. Mas falta empolgação,
falta a gente se engajar no processo”, reclama.
Segundo ele, 70% da população já passam mais de sete horas por dia
conectadas, um contingente que se beneficiaria diretamente da existência
de uma biblioteca assim. “Quem tinha de fazer isso no Brasil era a
Biblioteca Nacional, mais as cinco principais universidades, e o
Ministério da Cultura. Não são agentes privados que vão conseguir fazer
porque não vão ter a licença para isso. Uma biblioteca digital pública é
um esforço conjunto entre o sistema federal, a indústria de copyright e
as bibliotecas de referência”, conclui.
www.prolivro.org.br
www.codecademy.com
www.thesilenthistory.com
www.angela-lago.net.br
www.terra.com.br/crimes
http://dp.la
Equipamentos para ler
E-Reader
Leitor
de arquivos de livro digital, com tela e-ink, reproduz apenas tons de
cinza. A bateria, de longa duração, pode levar um mês para se esgotar.
Com menos de 200 gramas, é mais confortável para leituras prolongadas.
Confira os principais modelos à venda no país:
Kobo – disponível com quatro versões de tela:
sensível ao toque; iluminada de 6 polegadas; HD de 6,8” e de 5”.
Reconhece arquivos nos formatos ePub, PDF, Mobi, Jpeg, Gif, PNG, e Tiff,
TXT, HTML, XHTML, RTF, CBZ e CBR. Custa entre
R$ 289 e R$ 600.
Kindle
– em versão simples e com tela iluminada de 6”. Reconhece os formatos
AZW3 (proprietário da Amazon, fabricante do aparelho), TXT, PDF, Mobi
sem DRM, PRC, HTML, DOC, DOCX, JPEG, GIF, PNG e BMP. De R$ 299 a R$ 699.
Tablet
Mais
sofisticado que o e-reader, faz mais do que reproduzir e-books, porém a
bateria dura menos de um dia. Roda games, vídeos, músicas, tem navegador
de internet etc., graças ao uso de aplicativos e tela colorida sensível
ao toque. Os principais sistemas operacionais são o aberto Android, e o
fechado iOS (usado apenas no iPad). Qualquer smartphone com esses
sistemas apresenta as mesmas capacidades, porém, em tela menor. Alguns
modelos à venda no país:
iPad – são três versões (Mini, iPad 2 e Retina)
lançadas no Brasil, todas com tela sensível ao toque. Com diversas
configurações de memória e conectividade à internet, o equipamento pode
ler qualquer arquivo de livros digitais, de acordo com o aplicativo
escolhido. Preço de R$ 1.349 a R$ 2,5 mil.
Galaxy Note 8 – Com tela de 8”, tem processador
de quatro núcleos de 1,6 GHz, 2 GB de memória e 16 GB de armazenamento.
Câmera frontal (1.3 MP) e traseira (5 MP). Custa R$ 700.
Nexus 7 –
Assinado pela Google, tem processador de quatro núcleos de 1,3 GHz,
armazenamento de 16GB, 1 GB de memória e câmera frontal de 1,2 MP. Custa
R$ 1 mil.
Asus Memo Pad – Tem tela de 7”, 1 GB de memória,
8GB de armazenamento. Câmera apenas frontal, de 1 MP, e processador de
um núcleo de 1 GHz. Custa R$ 500.
Onde baixar
Kindle Store
– loja da Amazon, por onde se baixa livros diretamente com o Kindle. A
maioria dos livros é paga, mas há milhares grátis, principalmente de
autores clássicos, de Machado de Assis a Honoré de Balzac.
Livraria Cultura – a brasileira afirma ter mais de
10 mil títulos gratuitos, que podem ser baixados diretamente nos
e-readers Kobo. Boa parte são obras de autores desconhecidos, além de
alguns clássicos.
Saraiva – livros grátis são raros aqui. A maior
parte das obras precisa ser comprada. A livraria, porém, é a única com
uma centena de livros gratuitos publicados pela Imprensa Nacional,
baseados em roteiros de filmes nacionais.
iBooks – também com milhares de livros gratuitos, em
diversas línguas, graças a parceria com o Projeto Gutemberg. As obras
são todas em versão original, com português da época em que foram
escritas, sem adaptação ou revisão.
Play Books – presente em todo aparelho Android, é a
loja da Google. Também traz os livros do Projeto Gutemberg, além de
títulos publicados por bibliotecas de livros que caíram em domínio
público. Mas dá trabalho achar.
Social eReading
Se
o livro digital, e do futuro, vai ter muita colaboração, já existem
vários leitores digitais para tablets e smartphones com tais recursos.
Confira:
Goodreads – rede social para leitores de livros,
gratuita. A maioria dos usuários fala inglês, mas há brasileiros com
quem debater sobre as leituras do momento. Também é uma plataforma para
novos autores publicarem suas obras online.
Wattpad – a brincadeira aqui é sobre compartilhar
histórias. Indicado para quem gosta de escrever, permite a fácil
publicação de livros, contos, poesias. Os usuários leem textos uns dos
outros, comentam, selecionam trechos favoritos etc.
Bookshout – rede social que facilita a comunicação
entre público e autores. Qualquer pessoa pode publicar seus livros,
criar um ambiente virtual de debate sobre seus textos, além de, claro,
permitir compartilhamento de comentários.
Didáticos na telinha
Diante
da digitalização dos livros, o Ministério da Educação (MEC) lançou no
final de 2012 o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Pelo edital,
as editoras deverão apresentar versões digitais dos livros didáticos. A
versão digital poderá ser baixada por professores, nos sites das
editoras.
O MEC não sabe precisar, porém, a
quantidade de livros digitais que será adquirida, nem se editoras sem
expertise para criação de material digital terão suas obras selecionadas
convertidas por terceiros. O governo federal é o maior comprador de
livros didáticos do Brasil, e a previsão é de que 80 milhões sejam
adquiridos para distribuição, em 2015, a 20 mil escolas de ensino médio.
As inscrições de propostas terminaram em
junho. Para garantir a concorrência, editoras poderiam apresentar
livros apenas em formato físico. Agora em julho as editoras entregam as
versões físicas, enquanto o material multimídia vai ser entregue para
avaliação em agosto. Os livros passam por avaliação de especialistas do
ministério, que vão selecionar as obras. Somente então o governo bate o
martelo.
O edital não especifica qual formato os
livros digitais deverão adotar, se devem ser compatíveis com leitores
digitais, com computadores ou com tablets. A especificação é que tragam o
mesmo conteúdo dos livros físicos, acrescidos de recursos multimídia,
como vídeos e sons, por exemplo, o que reduz o universo de dispositivos
às duas últimas categorias.
Também no ano passado o MEC iniciou a
distribuição de tablets para professores de escolas de ensino médio da
rede pública. Foram pré-requisitos para definir por onde começar a
distribuição de tablets: ser escola urbana de ensino médio, ter internet
banda larga, laboratório do Programa Nacional de Tecnologia Educacional
(ProInfo) e rede sem fio (WiFi). Segundo o governo, foram distribuídos
254.559 aparelhos até o final de junho.
A contratação foi de 423.236. Cabem aos
estados e prefeituras adquirir os tablets para docentes das redes
estaduais e municipais. São duas versões, uma de 7”, outra de 10”. Ambas
com câmera, microfone, saída de vídeo e conteúdos pré-instalados do
Portal do Professor, do Portal Domínio Público, da Khan Academy
(traduzido), do Banco Internacional de Objetos Educacionais e da Coleção
Educadores.
Fonte: http://www.arede.inf.br/edicao-n-92-julho-agosto-2013/5889-capa-as-estantes-moveis#mec